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O Café Nice, que fica na Praça Sete, bem no Centro de Belo Horizonte, completou 80 anos. É ponto tradicional da capital mineira e parada obrigatória de políticos em campanha.
Foi fundado em 1939 por Heitor Resende e o nome é uma homenagem a um estabelecimento carioca.
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Depois de Heitor Resende, um dentista conhecido como Dr. Sebastião foi o dono. Logo depois o café foi vendido para João Caldeira, que, por fim, passou a administração para o irmão Afonso Caldeira, pai de Renato Moura Caldeira que hoje administra o estabelecimento com o irmão Tadeu de Moura Caldeira.
“Na década de 40, 50, eles (candidatos) não vinham em época de campanha, eles frequentavam, eram fregueses, o JK vinha algumas vezes, saía a pé da prefeitura e vinha até a Praça Sete, caminhando, conversando com as pessoas, entrava, tomava um cafezinho... Itamar Franco, Tancredo Neves, Milton Campos, Pedro Aleixo”, lista Renato.
Com o cafezinho e o pão de queijo formando a dupla de ouro da casa, o Café Nice já chegou a vender três mil cafés por dia, mas outras delícias da casa também mantêm a fidelidade dos frequentadores. “A melhor empada que tem na Praça Sete é no Café Nice, e fim de papo”, diz um cliente.
Além dos fregueses do Café Nice, os funcionários fazem parte da história da cidade. A ex-vereadora Ana Paschoal, por exemplo, trabalhou no café, como atendente, antes de entrar para a política.
“Eu tenho uma lembrança linda, muito gostosa, que não quero que apaga nunca. Foi meu primeiro emprego, quando cheguei a Belo Horizonte, era recém-chegada do interior e tive a sorte de trabalhar ali”, conta.
Ao longo dos anos, as mudanças na cidade, alteraram a movimentação no Café Nice, que sobrevive firme aos novos tempos.
O Café Nice funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 20h30 e sábado, das 8h às 14h.
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