- Jornalismo
- Esportes
- Entretenimento
- Utilidade
- Outros
O restaurante da chef de cozinha Paola Carosella foi alvo de boicote digital essa semana. As avaliações do restaurante no Google despencaram de 4,5 estrelas para 1,6. Mais de 29 mil pessoas avaliaram negativamente o restaurante em cerca de 24h por discordarem do que ela disse sobre apoiadores de Bolsonaro.
Assim como o restaurante de Paola, vários negócios, inclusive pequenos já passaram por situações como essa. Afinal, avaliações negativas podem mesmo prejudicar uma empresa? E o que as plataformas de avaliações, como a Google, fazem em casos como esse?
É inegável nos dias de hoje a importância das avaliações online para as marcas, independente do tamanho da empresa. É um hábito cada vez mais comum das pessoas verem o que outras que já consumiram aquele produto ou serviço dizem sobre suas experiências.
Para se ter uma ideia, a BrightLocal divulgou em dezembro de 2020 uma pesquisa feita com consumidores dos EUA sobre esse tema. Cerca de 87% das pessoas entrevistadas afirmaram ler avaliações online de negócios locais e 94% sentem-se mais propensas a consumir produtos e serviços de empresas bem avaliadas.
Por isso, ter avaliações positivas é sim importante para ganhar novos clientes e para o sucesso de negócios. Sendo assim, o impacto de avaliações negativas podem ser sentidas no curto e no longo prazo.
No caso específico da Paola e do seu restaurante Arturito, no curto prazo as pessoas que são fãs do restaurante e fãs da chef sabem separar bem as coisas e entender que o boicote traz avaliações que não são realmente sobre a qualidade do estabelecimento e da comida. Não por acaso o Arturito teve fila de espera na porta durante essa semana. No entanto, com o passar do tempo, as pessoas podem se esquecer desse acontecimento e daqui um ou dois anos consultar a avaliação e ver apenas um número de estrelas baixo, o que será automaticamente traduzido como baixa qualidade.
Questionei a Google Brasil qual é o posicionamento da empresa em casos como esse. E ela respondeu:
“Estamos investigando este caso e tomando medidas imediatas para remover conteúdo que viola nossas políticas. Temos políticas claras que proíbem conteúdo falso e fraudulento e nossos sistemas automatizados e equipe de pessoas treinadas trabalham contra o relógio para monitorar o Google Maps com o objetivo de identificar comportamento suspeito. Encorajamos nossos usuários a denunciar locais e recomendações suspeitas, o que nos ajuda a manter as informações no Google Maps autênticas e confiáveis.”
Além disso, vale um alerta: ao fazer essa avaliação é preciso cuidado com o que se escreve. Em caso de conteúdo com teor xenofóbico, que foi constatado em várias avaliações feitas para o restaurante Arturito, a autora da avaliação pode ser responsabilizada criminalmente por crime de ódio pela legislação penal brasileira.
LIKE DA SEMANA
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e do WhatsApp, anunciou esta semana que está reformulando os termos de uso das suas plataformas. O objetivo? Deixar menos chato para quem vai ler. A partir de agora os documentos serão ilustrados com imagens, infográficos e vídeos que facilitam a compreensão das regras de utilização dos serviços.
Segundo a empresa, a mudança vai ser apenas na forma de apresentação e não no teor dos termos. A ideia é facilitar a vida de quem quer entender um pouco mais sobre como a empresa coleta dados, quais são as condições de privacidade, dentre outras coisas muito importantes que nós muitas vezes "assinamos" sem ler.
DISLIKE DA SEMANA
A nova moda é o "celular do PIX". Em função da quantidade de furtos e roubos de smartphones, cresce no brasil a compra de aparelhos mais simples e com bom custo-benefício apenas para instalar o aplicativo do banco, pra ficar em casa ou escondido dentro da bolsa.
Aparelhos básicos da Xiami, da Samsung e da Motorola são os preferidos para essa função.